Entidades pedem fim da exploração sexual de crianças na fronteira

Cerca de 200 representantes de entidades governamentais e não-governamentais do Brasil, Paraguai e Argentina, que se dedicam ao trabalho de erradicação da exploração sexual de crianças e adolescentes pediram, ontem (03), em documento, a criação de uma comissão ?multidisciplinar  intersetorial e tripartite? de resgate, com apoio policial e jurídico, além da harmonização das legislações sobre a questão. ?A exploração sexual comercial de crianças e adolescentes nesta região da fronteira precisa ser coibida imediatamente?, diz o documento.

Segundo a coordenadora do Programa Internacional para a Erradicação do Trabalho Infantil (Ipec) no Brasil, Suely Ruiz, o documento será encaminhado com urgência às chancelarias dos três países, presidentes das repúblicas e Comissão Parlamentar do Mercosul. Em dois dias de discussão, os participantes do seminário A Exploração Sexual e Comercial Infanto-Juvenil na Tríplice Fronteira reconheceram que a questão é ?gravíssimo problema social e criminal, com a identificação de redes de tráfico de crianças e adolescentes ligadas ao comércio ilegal de drogas e armas e a grupos vinculados ao crime organizado?.

Em razão da grande mobilidade que as redes têm, está sendo recomendado aos governos dos três países a intensificação no controle sobre o fluxo de crianças e adolescentes na fronteira, com destinação de espaço ao conselho tutelar brasileiro e similares dos outros países.

Os participantes do encontro, patrocinado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), pretendem também que uma comissão de juristas dos três países apresente aos Congressos Nacionais anteprojeto de harmonização das legislações.

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