Enfermeira é intimada após morte de menina em hospital

A dona de casa Roseana Mércia dos Santos Teixeira, mãe de Stephanie, que morreu no sábado depois de receber vaselina no lugar de soro, apontou ontem uma enfermeira de 26 anos do Hospital São Luiz Gonzaga, em São Paulo, como sendo responsável pela troca. Os frascos da vaselina e do soro teriam sido confundidos, pois a embalagem é idêntica. A Polícia Civil intimou a enfermeira a prestar depoimento.

Investigadores do 73.° DP (Jaçanã) entregaram a intimação a um familiar na casa da enfermeira. Segundo o delegado José Bernardo de Carvalho Pinto, ela não é obrigada a se apresentar à polícia para ser interrogada. Caso não responda a três chamados, Pinto pedirá para um juiz determinar o dia do depoimento.

Roseane assinou um termo de reconhecimento no qual aponta mais duas pessoas, que seriam auxiliares de enfermagem. O delegado intimou 25 funcionários do hospital que trabalhavam no andar onde Stephanie morreu – 16 deles são enfermeiros ou auxiliares de enfermagem. Ninguém prestou depoimento ontem, segundo a polícia.

O Hospital São Luiz Gonzaga está sob investigação do Ministério Público há cerca de três meses. O inquérito civil, instaurado pela área de Saúde Pública da Promotoria de Direitos Humanos da capital, apura denúncias de mau atendimento e falta de funcionários. A Santa Casa de São Paulo informou que não poderia comentar o inquérito.

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