A redação foi a grande preocupação de candidatos ao Enem 2016 em Belo Horizonte. Em meio aos alunos, há quem fez preparação exclusiva para o texto e quem reclamasse do fato de o tema ser sempre uma surpresa. O estudante Victor José dos Santos, de 18 anos, que já passou no vestibular para engenharia mecânica, mas decidiu fazer o Enem pelo fato de a vaga na faculdade ser somente para o segundo semestre do ano que vem, afirma que o grande problema é cair um tema que todo mundo sabe o que é, mas não tem conhecimento profundo sobre o assunto para elaborar um texto. “Pode ser sobre Zika Vírus, por exemplo. Todo mundo sabe o que é, mas às vezes não conhece tanto para escrever sobre isso”, afirma. Victor fez as provas no Instituto de Educação, escola estadual no Centro de Belo Horizonte.

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Vanessa de Melo Reis, 25 anos, fez o exame na mesma escola. A candidata quer fazer medicina e afirma ter feito preparação especial para o texto. “Tinha medo. Agora, não mais”, diz. A mãe de Vanessa afirma não ser fácil acompanhar a luta da filha para conseguir cursar medicina, cujo vestibular, independente da escola, é sempre muito concorrido. “A Vanessa até já começou outro curso, de enfermagem. Mas o que quer é realmente medicina. Temos que apoiar”, afirma. O Instituto de Educação é uma escola estadual. Cerca de 800 alunos fazem o Enem na instituição.

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Uma cena inusitada foi vista momentos antes do fechamento da porta do Instituto de Educação para o início das provas. O representante de vendas David Souza, de 28 anos, teve que entrar de moto no pátio da instituição com a namorada, Naiara da Silva, 27 anos na garupa para que a moça conseguisse acessar a escola. Aliviado, David disse que pegou trânsito intenso para chegar ao local. Um minuto a mais e Naiara ficaria fora do segundo dia de provas.