O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) registrou queda de cerca de um milhão de inscritos neste ano. Para o exame de 2015 foram 8,4 milhões de inscritos – no ano passado foram 9,519 milhões. A redução, segundo o Ministério da Educação (MEC), se deve às novas regras de inibir faltosos.

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A partir deste ano, aqueles candidatos que faltarem ao exame só poderão se inscrever novamente mediante pagamento da inscrição, mesmo que se encaixem nos perfis de isenção. De acordo com o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, o grupo que mais registrou queda de inscritos neste ano foi o daqueles que têm direito à isenção da taxa.

“A redução mais significativa é daqueles que se declaram carentes. A principal hipótese é de que reduziu o número daqueles que não estavam convictos de que prestariam o exame neste ano, mas não queriam perder a isenção nos próximos anos. Vamos ter essa confirmação em outubro (quando ocorre a prova)”, disse Ribeiro.

Ainda segundo o ministro, a intenção com as novas regras não era “economizar dinheiro”, mas garantir que o exame seja realmente prestado. “O aluno pode prestar dez vezes o Enem e conseguir a isenção, o que importa é que ele venha. O que estamos fazendo é sancionar quem desperdiça recurso público”, disse.

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Aumento da taxa

Apesar do aumento de 80% no valor de inscrição do exame, que passou de R$ 35 para R$ 63 neste ano, houve um acréscimo de 10,4% no número de inscritos pagantes. De acordo com os dados do MEC, neste ano foram 3,4 milhões de pagantes ante 3,079 milhões, em 2014.

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“(Esse aumento) nos conforta muito, porque quando aumentamos o valor da inscrição após 12 anos sem reajuste, havia medo de que gerasse uma exclusão. Pelo jeito, esse receio não era procedente”, disse o ministro.