O corpo da ativista inglesa do Greenpeace Emily Craddock, desaparecida desde a semana passada, foi encontrado na manhã de ontem às margens de um rio no município de Abaetetuba, a cerca de 70 quilômetros de Belém, capital do Pará. Emily, de 27 anos, trabalhava como radioperadora do navio do Greenpeace Artic Sunrise havia quatro anos e desapareceu da embarcação na madrugada da última sexta-feira.
O corpo foi localizado por ribeirinhos e pescadores. Um morador de Abaetetuba, Emanuel do Espírito Santo, foi um dos primeiros a localizar o corpo. ?Dava para ver que a vítima era uma mulher loira com as características da pessoa que estava desaparecida?, afirmou ele.
A vítima foi identificada no fim da manhã de ontem por ativistas do Greenpeace, que se deslocaram até Abaetetuba de helicóptero. ?Eles aterrissaram, fizeram o reconhecimento e ficaram muito abalados?, disse a chefe da seção administrativa do Corpo de Bombeiros de Abaetetuba, Gabriela Contente. O corpo de Emily Craddock foi resgatado por equipes do Corpo de Bombeiros e da Capitania dos Portos e foi levado para o Instituto Médico-Legal de Belém.
A Superintendência da Polícia Federal no Pará vai abrir inquérito para investigar a morte. Uma das hipóteses para o caso é de que ela tenha caído do navio no Rio Pará. Mas não há confirmações se a vítima foi jogada da embarcação ou se caiu acidentalmente. O navio Artic Sunrise está no Pará desde outubro em expedição para defender a criação de reservas extrativistas e denunciar a exploração ilegal de madeira na Amazônia.