O empresário Mateo Lorenzetti, de 27 anos, morreu assassinado enquanto era mantido refém de um seqüestro em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, Estado de São Paulo. Segundo a polícia, o jovem foi rendido ontem por homens armados quando passava de carro próximo da avenida Jorge Zarur. Ele seguia para a empresa Intercarta, que fabrica papel para embalagens, onde trabalhava com o pai, Alessandro Lorenzetti. A empresa é uma das maiores do ramo na região.
Cerca de três horas depois de desaparecida a vítima fez o primeiro contato com o pai por telefone dizendo que estava bem e que tinha tido um problema no carro. Em seguida os seqüestradores fizeram novo contato com a família e pediram R$ 200 mil para liberar a vítima. O pai informou à quadrilha que teria em casa cerca de R$ 15 mil e combinou um local para a entrega do dinheiro. Os seqüestradores foram até o local, próximo à fábrica da família.
O empresário foi pessoalmente levar o dinheiro por volta das 21 horas, e ao se deparar com três homens encapuzados, ficou com medo e não parou o carro. Depois de voltar pra casa, se encorajou e foi novamente ao local onde pagou o resgate. Durante toda a madrugada a família não teve notícia da vítima. Por volta das 7 horas de hoje o corpo de Mateo foi encontrado na estrada Litaurica, próximo a um terreno abandonado, no bairro Interlagos periferia de São José dos Campos. Ele foi morto com um único tiro na nuca.
Peritos da Divisão de Homicídios da Polícia Civil de São Paulo foram a São José dos Campos para analisar as impressões digitais encontradas no carro da vítima. O veículo foi abandonado na avenida Salinas durante a madrugada. A polícia acredita que a vítima foi morta antes do pagamento de resgate. "Estamos com todo efetivo para esclarecer esse caso", disse o delegado Márcio Ramalho.