Empresário condenado a indenizar iatista

Rio – A juíza Mirella Pereira, da 3.ª Vara Cível de Niterói, no Grande Rio, condenou o empresário Carlos Guilherme de Abreu Lima a pagar R$ 500 mil de indenização, R$ 1,98 milhão por danos emergenciais (quando a pessoa fica impedida de trabalhar), pensão vitalícia de R$ 7.338 e ainda um valor a ser calculado por lucros cessantes ao iatista Lars Grael pelo acidente ocorrido em setembro de 1998. Grael treinava para uma competição em Vitória, no Espírito Santo, quando seu veleiro foi atingido pela lancha de Lima. Grael teve a perna direita decepada pela hélice do barco do empresário. O empresário vai recorrer.

A decisão da juíza, em primeira instância, foi tomada na terça-feira e, apesar de o fato ter sido em outro Estado, os processos cíveis podem ser abertos no local onde o autor da ação reside. Lima foi condenado também a prestar oito meses de serviço à comunidade no processo criminal aberto em Vitória ao qual responde por lesão corporal culposa (sem intenção). Segundo seu advogado, Wanderley Lobianco, a sentença, proferida em 2001, já foi cumprida.

“Vou recorrer, sem a menor dúvida. Essa condenação é absurda porque abandonou as normas processuais. Nem um estudante de Direito daria uma sentença dessas”, disse Lobianco. De acordo com ele, muitas testemunhas não foram ouvidas durante o processo e o perito que vistoriou a lancha do empresário não tinha nem registro no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA).

Grael comemorou a decisão. “Valeu a pena esperar, apesar de que não há dinheiro que compense a minha perda e o fato de ser deficiente. O importante é que a impunidade não prevaleceu.”

 

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