Em junho, boemia de SP terá Bar Riviera de volta

Na esquina da Rua da Consolação com a Avenida Paulista, o letreiro de néon do Bar Riviera, fechado em 2006, voltou a funcionar. Anuncia: “Em breve”. A casa ponto de encontro de artistas, como Elis Regina e Chico Buarque, nos anos 1970, entrou em ritmo de reforma e em junho abre as portas.

 

As obras devem revitalizar o estabelecimento, mantendo suas principais características. O famoso balcão vermelho, peça clássica do bar, por exemplo, será mantido. O projeto prevê dois ambientes: o térreo ficará reservado para o bate-papo, enquanto no primeiro andar haverá um espaço dedicado a um clube de jazz, além de um palco para shows e performances de artistas da nova geração da MPB.

 

Localizado no térreo do Edifício Anchieta – um dos primeiros prédios modernos da região, com apartamentos dúplex -, o bar tem pé-direito alto e paredes de vidro arredondadas que dão certo charme para o salão. O ponto agora pertence a Facundo Guerra, dono também do Cine Joia e do Lions, entre outras casas.

O empresário é conhecido por abrir novos negócios em pontos decadentes da cidade, desencadeando o renascimento da área. Vale lembrar que Guerra abriu o Vegas Club em 2005, no Baixo Augusta, quando no entorno só funcionavam casas de prostituição.

Depois do sucesso da casa, fechada no ano passado, outras baladas surgiram, transformando esse pedaço do centro em uma “Disneylândia” das mais diversas tribos de jovens paulistanos.

 

Gastronomia

Para cuidar do cardápio do novo Riviera, Guerra chamou o chef Alex Atala, proprietário do aclamado D.O.M. “Existe pouquíssima coisa na internet sobre o bar, por isso encomendei uma pesquisa para saber como era o cardápio”, conta Atala, que pretende ser coerente com a história do bar.

 

A pesquisa tem a ajuda de Renato Mariscalco, filho do dono original – ele trabalhou com o pai durante anos. O sanduíche Royal, que era servido dentro de uma omelete, é um dos pratos clássicos do antigo Riviera que está na lista do chef. “Mas só vou começar a desenvolver o novo cardápio em abril”, diz Atala.

 

A cereja do bolo do projeto, porém, é a tentativa dos sócios de trazer de volta para o salão do Riviera o seu Juvenal, icônico garçom que ainda é lembrado pelos nostálgicos frequentadores da década de 1970. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Voltar ao topo