Em depoimento, preso confirma que Bola confessou ter matado Eliza Samudio

O preso Jaílson Alves de Oliveira, uma das testemunhas de acusação, confirmou em depoimento na tarde de hoje que o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, teria assumido a autoria do assassinato de Eliza Samúdio.

Pliveira também afirmou que foi ameaçado pelo goleiro Bruno no último dia 13 de novembro dentro do presídio Nelson Hungria, em Contagem, onde os dois estão presos. Diante da juíza, ele disse que poderia falar isso “na cara dele”.

O preso, então, sentado diante da juíza, olhou para Bruno que estava em um canto da sala, na diagonal direita dele, apontou o dedo e disse: “Ameaçou ou não ameaçou?”.
Bruno respondeu: “Nem te conheço, parceiro”.

Ele contou que nesse dia estava tomando banho de sol na penitenciária quando Bruno passou, indo em direção à enfermaria. Ao vê-lo, Bruno teria feito a ameaça. “Ô Jailton, o que é seu está guardado. Você não sabe com quem está mexendo. Os seus dias estão contados”, teria dito o goleiro.

Segundo Oliveira, ele também foi ameaçado em uma delegacia quando foi participar de uma acareação com Bola.

Ele disse que está alojado na enfermaria do presídio por causa das ameaças de morte que tem sofrido.

Oliveira afirmou ainda que conhece o réu Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e o ex-motorista de Bruno, que depôs ontem como testemunha, Cleiton Gonçalves.

Ao ser perguntado pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues sobre a idade, Oliveira disse ter completado 42 anos ontem. “Desejo longa vida ao senhor, como desejo a mim também”, disse ela.

Durante o depoimento, Oliveira disse que cumpre pena de por ter sido condenado a 36 anos e sete meses de reclusão, por latrocínio (roubo seguido de morte) e que também foi condenado por “um monte de furtos”.

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