E Rigotto faz discurso de candidato

Tóquio – Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre uma pesada agenda na Ásia, e ao mesmo tempo tenta administrar do outro lado do planeta a turbulência política em torno da CPI dos Correios, um companheiro de viagem vem dando sinais de que poderá entrar na disputa pelo Palácio do Planalto em 2006. Embora insista que não vai revelar qual será seu próximo passo político até os últimos meses deste ano, o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), já fala de forma muito similar à de um candidato.

Em entrevista Rigotto criticou a posição do governo diante da CPI, as políticas monetária e tributária e a taxa de câmbio. Ele defendeu que seu partido, o PMDB, lance candidatura própria na próxima eleição presidencial. A desenvoltura do líder gaúcho, que não perde uma oportunidade para falar nos seminários não passa despercebida. Ele demonstra uma renovada energia em meio aos integrantes da comitiva brasileira, extenuados com a enorme diferença de fuso horário. ?Esse vai longe?, comentou um empresário brasileiro, após uma apresentação do governador sobre as vantagens de seu Estado para investimentos.

?É natural que a especulação em torno do meu nome tenda a crescer, pois o PMDB deverá ter candidato próprio e sou governador de um importante Estado?, disse Rigotto. 

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