Dois PMs são presos suspeitos de morte de sindicalista

Dois policiais militares e três diretores de um sindicato foram presos hoje pela Polícia Civil de Sertãozinho (SP) suspeitos de participarem do homicídio do sindicalista Wellington Wagner Espagnol, de 45 anos, morto a tiros em 15 de dezembro de 2010. Eles estão presos temporariamente por 30 dias. Além deles, outro PM tinha sido preso dois dias após o crime, pois o carro usado no crime era dele.

A investigação apura se o motivo do crime foi financeiro (desvio de dinheiro na entidade praticado por Espagnol), o que causou ameaças e desentendimentos entre os dirigentes sindicais. Espagnol era tesoureiro do Sindicato de Montagens Industriais de Sertãozinho e Região (Sintramus) e estava sozinho no escritório no momento do crime. Ele, que habitualmente andava armado, foi convencido pelo presidente do sindicato a não levar a arma no escritório no dia do crime, pois os outros dois dirigentes armariam um flagrante policial contra ele.

Já tinha ocorrido um atrito entre eles, com ameaças de Espagnol. O tesoureiro foi atingido na cabeça por dois tiros. Vizinhos do sindicato viram um homem fugindo num carro e anotaram a placa. O veículo era do PM André César Gomes dos Santos, de 35 anos. Na época, Gomes alegou que o carro foi furtado pouco antes do crime e que não participou da morte de Espagnol.