Pessoas que doam um dos rins vivem tanto quanto quem permanece com os dois. Um estudo histórico realizado nos Estados Unidos com mais de 80 mil doadores comprovou definitivamente o baixo risco da cirurgia que, no ano passado, salvou 1.727 vidas no Brasil.

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Esse foi o número de transplantes de rim com doadores vivos. No total, houve 4.259 transplantes do órgão. Os autores do estudo afirmam que atestar a segurança do procedimento é essencial para diminuir a fila de pessoas com insuficiência renal à espera de cirurgia. Segundo o último levantamento do Ministério da Saúde, cerca de 34 mil pessoas precisam de um rim.

O artigo mostra que, nos primeiros 90 dias após a cirurgia, apenas 3,1 de cada 10 mil doadores sofrem complicações fatais. Intervenções comuns como a remoção da vesícula biliar possuem um risco associado seis vezes maior. Nos anos seguintes, esse risco se torna tão baixo quanto o de pessoas que não passaram pela cirurgia. Os pesquisadores acompanharam os doadores durante 15 anos – de abril de 1994 a março de 2009.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o principal autor do trabalho, publicado no Jama, Dorry Segev, disse que pretende avaliar outras variáveis, como o impacto psicológico da doação.

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