DNA identificará vítimas de explosão da Petrobras

Os quatro operários mortos na explosão de um gasoduto da Petrobras em Alagoas ainda não foram identificados. Os corpos recolhidos pelo Instituto Médico Legal (IML) de Maceió estavam carbonizados e só poderão ser identificados por meio de exames de DNA, segundo informações dos peritos do IML. O acidente ocorreu por volta das 10h30 horas da manhã desta terça-feira (23), na estação de tratamento de óleo de Furado da Petrobras, na zona rural do município de São Miguel dos Campos, a 70 quilômetros de Maceió.

Segundo nota distribuída pela Petrobras, as causas do acidente ainda estão sendo investigadas, por isso ainda não há um parecer técnico sobre o que teria provocado a explosão na tubulação de gás. Funcionários da empresa, que estava na estação durante o acidente, disseram que a explosão foi tão forte que provocou chamas de alta temperatura, carbonizando os funcionários que estavam próximos ao foco do incêndio.

Na manhã desta quarta (24), parentes das vítimas aguardam no IML alguma definição. De acordo com o diretor administrativo do IML, Carlos Burgus, a Petrobras deve enviar ao Instituto a ficha com o prontuário médico dos desaparecidos. “São exames feitos no período de admissão e outros solicitados pela empresa, que serão usados para facilitar a identificação dos corpos”, explicou o diretor.

Em nota distribuída à imprensa, a Petrobras disse que as famílias dos operários estão recebendo total apoio do setor de assistência social da empresa. No momento do acidente, havia cerca de 200 pessoas trabalhando na estação de Furado, que funciona também como depósito de gás e petróleo, com vários tanques.

De acordo com a assessoria de imprensa da Petrobras, a estação de Furado produz cerca de 2.300 barris de petróleo e um milhão de metros cúbicos de gás por dia. Engenheiros da empresa estão desde a noite de ontem reparando a tubulação e tentando descobrir as causas do acidente. Segundo a gerência da Petrobras em Alagoas, o acidente não provocou problema no abastecimento de gás natural veicular no Estado. A empresa divulgou ainda que o acidente não causou danos ambientais e que os prejuízos materiais ainda serão calculados.