DNA condena policial a 17 anos de prisão

Brasília – O ex-policial civil José Pedro da Silva foi condenado na madrugada de ontem a 17 anos de prisão pela morte presumida da estudante Michele de Oliveira Barbosa. O júri popular trabalhou durante cerca de 30 horas e a Justiça considerou testes de DNA do sangue encontrado no automóvel do réu como prova para incriminação dele. O policial cumprirá 15 anos de prisão em regime fechado e dois anos em regime semi-aberto.

José Pedro era casado e namorava a moça que foi vista pela última vez em seu carro. O desaparecimento de Michele foi entendido como forma de o acusado se livrar de problemas com a esposa. A sentença foi proferida pela juíza Sandra de Santis, a mesma que atuou no caso da morte do índio Galdino, que foi queimado por rapazes de Brasília. O pai de Michele, o fotógrafo Givaldo Barbosa, disse em entrevista sentir-se aliviado porque foi feita justiça, apesar de o corpo da filha nunca ter sido localizado.

O caso foi a primeira vez no País, em que um exame de DNA foi usado como prova para levar um réu a júri popular. Exames de DNA foram realizados a partir de manchas de sangue e mechas de cabelo encontradas no carro do acusado. A perícia constatou que o material encontrado tinha mais de 80% de chances de ser da vítima. Silva foi condenado a 15 anos de prisão por homicídio e mais dois anos por ocultação de cadáver.

Voltar ao topo