Dilma compara plano contra desastres à seleção

Ao anunciar hoje o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, a presidente Dilma Rousseff lembrou o jogo emocionante da seleção feminina de vôlei, ontem contra Rússia, quando o Brasil quebrou seis match points contra o adversário, nos Jogos Olímpicos de Londres. O Brasil venceu a Rússia por 3 sets a 2.

“Eu queria dizer que ontem fiquei muito entusiasmada porque ali ficou numa teimosia e numa resistência ao desafio. Eu acho que esse plano é isso. A nossa capacidade de resistir aos desafios que os desastres naturais colocam pra nós”, afirmou a presidente.

Em seu discurso, a presidente lembrou que já foi jogadora de vôlei e contou em que posição atuava no time: “não era uma grande cortadora, mas era uma boa levantadora”.

Provocada por uma autoridade na plateia, Dilma respondeu sobre seu estilo atual: “hoje eu corto”.

 

Ainda com “espírito olímpico”, a presidente Dilma Rousseff disse que o país é bom em vários esportes, como vôlei, futebol e basquete, mas que ela pretende trabalhar para que o país também tenha êxito no programa de prevenção a desastres. Dilma aproveitou para confessar que espera mais medalhas do Brasil em Londres.

 

“Esse país é bom em futebol, em vôlei, em basquete – que é onde eu ainda espero ter medalhas de ouro – em judô, que já tivemos. E nós iremos de fato nessa questão demonstrar que vamos dar um passo à frente no sentido de evitar todas a fatalidades que passamos, com todo o esforço”, afirmou a presidente.

Com um volume de R$ 18,8 bilhões anunciados pelo governo federal, Dilma aproveitou para cobrar agilidade dos governadores na elaboração de projetos.

“Acelerem, por favor, os projetos porque os recursos estão disponíveis”, explicou.

Telefonia

A presidente afirmou também que o governo pretende investir em estruturas de comunicação móvel. E reclamou dos sistemas de telecomunicação durante desastres naturais.

“Eu não quero mais falar com o Pezão [vice-governador do Rio] pelo telefone da padaria, que era o único telefone que funcionava lá na região serrana. Pra evitar a padaria, vamos ter de ter estrutura de comunicação móvel, que hoje parcialmente já são feitas no Brasil. Quero que sejam integralmente feitas aqui”, disse.