Detentos do Presídio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na Grande Belo Horizonte, fizeram motim na noite de segunda-feira, 16. Colchões foram queimados. A unidade tem 365 celas individuais e 30 celas coletivas. A capacidade total é para cerca de 1,2 mil presos. No entanto, atualmente o presídio tem cerca de 2,2 mil detentos.

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Durante a madrugada, o Comando de Operações Especial (COE) da Polícia Militar foi chamado. A situação se normalizou no início da manhã desta terça-feira, 17, segundo informações da PM. Até o momento, não há registro de feridos.

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O motim seria para pressionar pela saída do atual diretor do presídio, Rodrigo Machado.

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Em nota divulgada na manhã da segunda-feira, horas antes do motim, o Sindicato dos Agentes Penitenciários de Minas Gerais (Sindasp), defendeu o diretor e afirmou que o trabalho de Machado “incomoda presos e humanistas de plantão”.

Em março do ano passado, o Presídio Dutra Ladeira chegou a ser proibido pela Justiça de receber mais detentos por 60 dias, para reduzir a superlotação.

Segundo a Secretaria de Administração Prisional (Seap), o que aconteceu no presídio na noite desta segunda-feira e na madrugada desta terça-feira foi uma “subversão da ordem, com colchões sendo queimados”.

Vídeo

Um vídeo foi divulgado nas redes sociais com um detento da Dutra Ladeira afirmando que se não houver resposta a reivindicações “vai rolar sangue” e que “o bagulho vai ficar doido”.

“Todas as cadeia (sic) tá ligado”. “Estamos sujeito a tudo. A morrer e a matar também”, gritam os presos, no vídeo.

Agressão a jornalista

A repórter da TV Globo Minas Larissa Carvalho foi agredida enquanto fazia uma transmissão ao vivo na emissora GloboNews em frente ao presídio. Uma familiar de um preso se aproximou e a empurrou violentamente contra o chão.