A desigualdade na cidade de São Paulo ainda é significativa, apesar de ter apresentado redução no período entre os anos 2000 e 2010. Enquanto o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) em alguns pontos da cidade chega a 0,965, superior ao IDH da Noruega (0,944), primeiro colocado no ranking global, outras regiões registram índice de 0,625, inferior ao do Iraque (0,642).

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De acordo com levantamento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Fundação João Pinheiro, cinco regiões de São Paulo têm IDHM de 0,965, todas em áreas da Subprefeitura de Pinheiros. Uma está localizada na região do Itaim Bibi, próximo à Estação Berrini, na zona sul. As demais ficam na zona oeste: Vila Cordeiro, Jardim Paulistano e duas na Vila Madalena.

Já a região que apresenta o pior IDHM, de 0,625, fica no Jardim Capela, nas proximidades da Escola Estadual Professora Amélia Kerr Nogueira, no extremo da zona sul da capital paulista. O local é seguido por outras 14 regiões que apresentam IDHM um pouco melhor, de 0,632. Entre elas, há duas áreas em Itaquera e outras duas em AE Carvalho, na zona leste.

Os desempenhos, que variam entre 0 (mínimo) e 1 (máximo), são calculados com base no Censo de 2010 e avaliam indicadores de saúde, renda e escolaridade em cada uma das áreas.

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Em comparação ao ano 2000, a desigualdade na cidade de São Paulo apresenta atualmente uma amplitude menor, que está associada ao aumento do IDHM. Em 2000, o índice variava entre 0,479 e 0,932 (com maior concentração entre 0,586 e 0.768) enquanto hoje está entre 0,625 e 0,965 (concentrado na faixa entre 0,692 e 0,842).

Região Metropolitana

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A diminuição da desigualdade também pode ser conferida na Grande São Paulo. O intervalo do IDHM passou de entre 0,508 e 0,909 para entre 0,633 e 0,952.

Atualmente, nenhum região está classificada nas faixas de IDHM Baixo ou Muito Baixo. No ano 2000, esses números eram de 29% e 0,3%, respectivamente. Além disso, 34% das cidades da Grande São Paulo se encontram na faixa de Muito Alto Desenvolvimento Humano e 40% na de Alto Desenvolvimento, ante 12% e 25% dez anos antes.

Indicador

A educação foi o indicador com maior impacto no aumento do IDHM da Grande São Paulo, cuja importância subiu de 27%, em 2000, para 30%, em 2010. Já a renda e a longevidade registraram queda de impacto de 36% para 34% e de 37% para 36%, respectivamente.