Delegado terá de explicar vazamento na ‘Xeque-Mate’

A Polícia Federal decidiu intimar o delegado Aldo Brandão a depor sobre a suspeita de vazamento de informações para pessoas investigadas pela Operação Xeque-Mate. Pelo menos duas conversas telefônicas interceptadas com autorização judicial revelam que o delegado, lotado na Superintendência da PF em Mato Grosso do Sul teria alertado o suposto chefe da máfia dos caça-níqueis, Nilton Servo, de que ele estava sendo investigado e seria preso.

A conversa mais comprometedora ocorreu em 19 de abril, entre Elenilton Andrade e Alexandre Ribeiro, ambos presos na operação.

Elenilton conta a Alexandre que ?o Aldo delegado avisou?, havia 15 dias, para ?tirar o equipamento da rua? e explica que ?uma operação seria deflagrada?. Elenilton dá a entender que o delegado o avisara de que haveria prisões, inclusive a de Servo. ?Ele disse que (a PF) vai descer um monte de mandado de prisão e que Nilton Servo será um dos primeiros a ser preso?, relata Elenilton a Alexandre.

A assessoria de imprensa da PF confirmou que, diante das citações, o delegado terá de se explicar, mas, por enquanto, continua no cargo. Caso não seja convincente, será afastado, como ocorreu recentemente na Operação Navalha, em que três delegados da cúpula da corporação foram punidos pela Justiça por suspeita de divulgação de informações sigilosas.

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