Delegado diz que segredo de Justiça impede detalhes sobre caso do Masp

Brasília – O delegado geral da Polícia Civil de São Paulo, Maurício José Lemos Freire, informou que a investigação sobre o roubo e a recuperação de duas obras do Museu de Arte de São Paulo (Masp) corre sob segredo de Justiça, para justificar porque não revelou detalhes de como ocorreram as prisões e a apreensão das obra. A informação consta de nota da assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública.

Segundo a nota, Freire esclareceu que nem todos os envolvidos foram identificados e isso poderia prejudicar investigações futuras. "É evidente que eles não cometeram o crime para ficar com as obras. As diligências agora serão no sentido de descobrir quem encomendou ou para onde iriam os quadros".

Os dois quadros roubados – "O lavrador de café", de Candido Portinari, e "Retrato de Suzanne Bloch", de Pablo Picasso – no dia 20 de dezembro foram recuperados no início da noite de ontem (8). As obras de arte estavam em uma casa em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, encostadas em uma parede e protegidas por uma capa, de acordo com informações da Secretaria Estadual de Segurança Pública.

Avaliadas em US$ 55 milhões, cerca de R$ 100 milhões, as obras foram apreendidas em uma ação coordenada por policiais da 3ª Delegacia de Crimes contra o Patrimônio, sob a supervisão dos delegados Adilson Marcondes e Marcelo Teixeira Lima.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública, Robson de Jesus Jordão, de 32 anos, foi preso no local, e Francisco Laerton Lopes de Lima, de 33 anos, havia sido detido no dia 27 de dezembro, na capital paulista.

A nota, distribuída nesta quarta-feira (9) pela Secretaria de Segurança Pública, informa também que o delegado Lemos Freire, que esteve no Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado (Deic) ontem à noite, afirmou que "os dois homens presos participaram da ação no dia do furto e também estão envolvidos com as outras tentativas de roubo que ocorreram anteriormente.

Lima admitiu ter participado em uma das tentativas, mas negou o furto. Jordão, que foi preso hoje, possui uma extensa ficha criminal e era foragido da penitenciária de Valparaíso", diz o comunicado.

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