Delegacia é alvejada e ônibus incendiados em SC

Criminosos voltaram a fazer ataques contra prédios da polícia e ônibus em ao menos quatro cidades de Santa Catarina entre a noite de ontem e a madrugada de hoje. Dois suspeitos foram presos em Blumenau (a 143 km de Florianópolis).

Ontem, a polícia já tinha registrado incêndios criminosos contra três ônibus, um carro da Polícia Civil e um carro particular de um policial na Grande Florianópolis, além de um ataque a tiros contra uma base da Polícia Militar.

Na nova onda de ataques da última noite criminosos atiraram contra um presídio e queimaram dois ônibus, em Criciúma (a 205 km de Florianópolis). Os ataques aos coletivos ocorreram no bairro Paraíso e na Vila Esperança, e deixaram um ônibus totalmente destruído e outro parcialmente danificado.

Por volta das 23h, os bombeiros trabalhavam no combate ao fogo no ataque ocorrido no bairro Paraíso, acompanhados da PM, quando homens à pé dispararam vários tiros e fugiram. Mais cedo, homens em uma moto também atiraram contra o muro do presídio de Criciúma. Ninguém foi preso.

Em Blumenau, outro ônibus foi incendiado e houve um ataque ao Presídio Regional. Dois homens foram presos sob suspeita de terem atirado contra o presídio. Segundo a polícia, eles afirmaram que a ordem veio de traficantes da cidade.

Na capital catarinense, foram registrados entre a noite de ontem e a madrugada de hoje três incêndios em ônibus e um ataque a tiros ao 2º DP, no bairro Saco dos Limões. Os tiros foram feitos por homens que estavam em um Fiesta cinza que passou na frente da delegacia por volta das 22h10.

Ao todo, foram feitos três disparos contra a delegacia, mas ninguém ficou ferido. Os bandidos conseguiram fugir.

Já na cidade de Navegantes (a 114 km de Florianópolis), foram registrados dois ataques a ônibus, que foram incendiados. Ninguém ficou ferido ou foi preso nas duas ações.

Violência

O secretário de Segurança não descartou que os ataques tenham sido ordenados por organizações criminosas. O comandante geral da PM, coronel Nazareno Marcineiro, afirma que nenhum indício é desconsiderado, mas acredita que está havendo “uma supervalorização quando se quer dar aos criminosos uma grife”.

Depois dos ataques, o policiamento foi intensificado em Florianópolis, principalmente nas rotas de ônibus. Para o governo de Santa Catarina, os bandidos “imitaram” os ataques ocorridos em São Paulo com base no que têm visto na TV.

“O que existe é uma imitação, uma cópia. No domingo passou no ‘Fantástico’ [Globo] uma matéria sobre esses ataques em São Paulo. Criminosos assistem e fazem igual. A motivação é que está sendo investigada”, disse César Grubba, secretário de Segurança.

Voltar ao topo