A possibilidade de mudanças na diretoria da Petrobras, por conta de indicação política do PMDB, foi criticada nesta quinta-feira (24) pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS) em entrevista à rádio FM Capital, em Campo Grande (MS).

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Os rumores do troca-troca na estatal já vinham se arrastando desde junho do ano passado, mas arrefeceram após a única movimentação que de fato ocorreu na empresa, com a substituição do diretor de Gás e Energia, Ildo Sauer, por Maria das Graças Foster, então presidente da BR Distribuidora, e a entrada do ex-senador petista José Eduardo Dutra em seu lugar.

Mas com a posse do novo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, do PMDB, o assunto voltou com força à tona, e a indicação do gerente-geral de Engenharia da estatal, Jorge Zelada, para ocupar o lugar do diretor internacional Nestor Cerveró, já é dada como certa nos bastidores do setor.

Ontem, em entrevista no Fórum Econômico Mundial em Davos (Suíça) o presidente da Petrobras. José Sérgio Gabrielli, negou ter qualquer conhecimento sobre o assunto e disse que a decisão deveria passar pelo conselho de administração da companhia.

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"Alguns chantagistas tentam se aproveitar… e o governo está entrando na chantagem", afirmou o senador Delcídio do Amaral na entrevista concedida à rádio de Campo Grande, citando não somente a mudança na Petrobras, mas uma quase certa substituição do atual presidente da Eletrobrás, Valter Cardeal por outro indicado político.

O senador ainda chegou a levantar suspeitas sobre possíveis indicados para ocupar os cargos nas estatais. "Há pessoas que tem história bastante duvidosa" sendo cotadas para ocupar esses cargos, disse o senador, lembrando que existem setores estratégicos que "têm de ser comandados por gente com conhecimento técnico, que atendam às necessidades do país e não as suas próprias".

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