Defesa de Suzane faz novo pedido de habeas-corpus

A defesa de Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, Manfred e Marísia von Richthofen, em 2002, deverá entrar amanhã com novo pedido de habeas-corpus favorável à jovem junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado Denivaldo Barni informou hoje que a nova solicitação está baseada na decisão do ministro Marco Aurélio Melo, que foi favorável à libertação de Suzane, em um outro pedido de habeas-corpus. O voto do ministro, no entanto, foi vencido durante sessão realizada pela Primeira Turma do STF, em setembro.

Barni explicou que o recurso que vai apresentar amanhã ao Pleno do STF deverá ser apreciado por todos os ministros, mas que ainda não há previsão de quando deverá ocorrer o julgamento. Suzane cumpre pena atualmente na Penitenciária Feminina de Tremembé, no interior de São Paulo. Com o recurso, a defesa quer que Suzane aguarde em liberdade o julgamento do crime em todas as instâncias. De acordo ainda com Barni, outros recursos à condenação estão em andamento. No Tribunal de Justiça de São Paulo, correm dois processos – um pela anulação do julgamento e outro pela redução da pena.

No último dia 13 de agosto, Suzane von Richthofen confirmou à Justiça que vai continuar na disputa pelos bens deixados por seus pais. O advogado Denivaldo Barni falou que ela desistiu da renúncia à herança, feita durante o julgamento, devido a irregularidades no inventário. Ele disse que há cerca de 15 dias pediu à Justiça a indicação de um inventariante para o caso. Isso porque o espólio da família não estaria sendo bem administrado por Andreas von Richthofen, irmão de Suzane. Durante o julgamento, no ano passado, ela chegou a afirmar que queria apenas gerir melhor os bens, que somam cerca de R$ 2 milhões. Para o advogado, resolvida a questão do inventário, Suzane pretende ficar apenas com um apartamento que pertenceu a avó paterna, um carro, que ela já usava na época do crime, além de roupas e documentos.

Suzane von Richthofen está pedindo um total, R$ 950 mil em indenização. Seriam 500 salários mínimos – o equivalente a R$ 190 mil – por ter sido ameaçada por presas durante uma rebelião na Penitenciária Feminina de Sant’Anna, na capital paulista. Na segunda ação, a defesa argumenta que Suzane foi obrigada pela diretora-geral de um presídio no interior do Estado a dar entrevista coletiva. Neste processo, o valor pedido de indenização é de 2 mil salários mínimos – cerca de R$ 760 mil – por danos morais e materiais.

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