Defesa de Gil Rugai pede habeas-corpus ao TJ

A defesa de Gil Grego Rugai, de 25 anos, entrou na quarta-feira (10) com um pedido de habeas-corpus junto ao Tribunal de Justiça (TJ) para revogar a nova prisão do ex-seminarista, por ter se mudado sem comunicar a Justiça. O advogado Fernando José da Costa defende que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a liberdade de seu cliente sem lhe impor nenhuma restrição, em 2006. O rapaz é acusado de ter assassinado a tiros o pai, o publicitário Luiz Carlos Rugai, e a sua madrasta, Alessandra Troitiño, em março de 2004, no Pacaembu, na zona oeste de São Paulo. Ele nega ter cometido o crime.

O estudante foi preso na terça-feira à tarde, na casa de sua mãe, na Barra Funda. “Estou disposto a colaborar, tanto que vim para São Paulo”, disse ele, aos policiais, ao ser detido. Logo depois, foi levado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) 2 de Pinheiros. O juiz da 5ª Vara do Júri, Luiz Rogério Monteiro de Oliveira, acatou o pedido de revogação da liberdade provisória do acusado a pedido pelo Ministério Público (MP).

A solicitação da promotora Mildred de Assis Gonzalez se deu em razão de uma matéria veiculada no programa Domingo Espetacular, da Rede Record, que mostrava que, desde março deste ano, Gil Rugai morava na cidade de Santa Maria (RS). “O Gil Rugai não tinha necessidade de comunicar a mudança de endereço, porque o STF não lhe impôs restrição alguma (ao libertá-lo)”, afirmou Costa.

O advogado reclamou que desde a noite da prisão não conseguiu falar com Gil Rugai no CDP 2 de Pinheiros. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que vai apurar junto à Direção da Unidade os motivos que impossibilitaram a visita do advogado. E informou que Gil Rugai foi transferido ontem para a Penitenciária 2 de Tremembé, no interior do Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.