Rio
– A Defesa Civil do Rio de Janeiro encontrou ontem o corpo do menino de sete anos que ainda estava desaparecido no bairro de Areal, em Angra dos Reis. Com isso, sobe para 38 o número de mortes provocadas pela chuva na região. As buscas foram oficialmente encerradas, já que o menino era o último desaparecido.O corpo foi encontrado bem abaixo de onde estava a casa em que o menino morava, indicando que a água e a lama chegaram com muita força. Máquinas da prefeitura estão trabalhando na remoção da lama no bairro, mas muitas casas ainda estão soterradas até a altura das janelas. Muita água ainda desce das encostas, formando verdadeiros riachos, e dezenas de troncos de árvores estão espalhados. De acordo com o coordenador da Defesa Civil em Angra, Carlos Alexandre de Oliveira, novos deslizamentos podem acontecer se voltar a chover forte. “A situação no momento está estagnada. As pessoas estão nos abrigos e não há perspectivas de chuvas fortes na região. Mas, se voltar a chover, novos problemas podem surgir”, advertiu.
A chuva, que atinge o município desde o último domingo, destruiu 95 casas e deixou mais de 1,5 mil desabrigados.
Negociação
O Ministério da Integração Nacional está negociando com a Receita Federal a doação de mercadorias apreendidas nos portos de Santos e do Rio de Janeiro para atender a população de Angra dos Reis atingida pelas fortes chuvas, que caem desde o último domingo no município. De acordo com a assessoria de comunicação do ministério, até o final desta semana, a Receita Federal deverá autorizar o Ato de Destinação de Mercadoria (ADM), após o que as mercadorias apreendidas sejam liberadas para atender as famílias carentes do município.