Cúpula do PFL anuncia apoio a Ciro Gomes

Uberaba-MG

(AG) – O neo-socialista Ciro Gomes aderiu de vez ao PFL. Depois de neutralizar a oposição do presidente do PPS, senador Roberto Freire (PE), o candidato da Frente Trabalhista, caiu hoje nos braços do partido de Antônio Carlos Magalhães, Jorge Bornhausen e Roseana Sarney. Na manhã de hoje em Uberaba, Ciro não só recebeu o apoio formal do presidente do partido e outras lideranças pefelistas, que oficializaram a adesão do diretório serrista de Minas Gerais, como rasgou elogios ao partido.

Disse que não vai sossegar enquanto não tiver o apoio dos 27 diretórios, hoje divididos entre sua candidatura e a de José Serra, do PSDB. Ele afirmou que o PFL tem uma tradição no “manejo do Estado”, importante para ajudá-lo a colocar em prática o seu programa de governo. Para isso, disse, precisará fazer um “pacto de cooperação” para garantir o apoio de 3/5 do Congresso . Já prevendo o patrulhamento pela aliança com o PFL, Ciro disse que ninguém poderá lhe cobrar por esse apoio.

– Nunca disse que era mais puro que os outros candidatos. Quem vai morder a língua é o Lula que está lá com o PL e se abraçando com o Quércia. Ele sim, vai ter que explicar isso, porque passou 16 anos como a majestade solitária da ética e dos bons costumes. O próximo presidente do Brasil não vai fundar um novo país. Temos que fazer uma transição delicadíssima . E é preciso sustentação, quadros para governar, interlocução federativa. A decisão do PFL de romper com o governo foi histórica , porque o partido tem uma tradição de política que é respeitável – disse Ciro na Associação Comercial e Industrial de Uberaba (ACIU).

Já polarizando com Lula, Ciro voltou a alfinetá-lo, dizendo que se sentiu profundamente decepcionado com a “Carta ao Povo Brasileiro”, divulgada pelo PT com a síntese do programa de partido. Ele chamou o documento de “carta aos banqueiros”, acusando Lula de tentar enganar o mercado e trair a confiança dos milhões de brasileiros que manifestam intenção de votar nele.

– Com isso (documento) ele falseia o debate, fragiliza a discussão do modelo econômico. O camarada (Lula) tenta enganar os banqueiros, trai a confiança de quem pensa em votar nele.

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