Culpados pelo assassinato de Tim Lopes ainda não foram presos

Há um mês, completados nesta terça-feira (02), o jornalista da ?TV Globo? Tim Lopes desapareceu no Complexo do Alemão, zona norte do Rio, onde fora fazer imagens sobre um baile funk com shows de sexo explícito com a participação de menores e venda e consumo de drogas. Bandidos confirmaram à polícia a morte do repórter, cujos objetos pessoais foram encontrados, queimados, numa cova rasa no alto da Favela da Grota. Mas, até hoje, os restos mortais não foram encontrados e o principal acusado do crime, o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, continua em liberdade.

O inspetor Daniel Gomes, da 22ª Delegacia Policial (Penha), que investiga o crime, disse que o resultado do exame de DNA nos mais de 50 fragmentos de ossos encontrados durante as escavações no cemitério clandestino no morro pode sair a qualquer momento. A conclusão de um exame divulgado no dia 21 de junho, que levou 15 dias para ficar pronto, mostrou que os restos mortais que a polícia acreditava ser de Lopes não eram do jornalista.

?O exame é científico, demora. Enquanto não sai o resultado, estamos trabalhando para colher as provas necessárias para concluir o inquérito?, disse Daniel Gomes. O chefe de Polícia Civil, Zaqueu Teixeira, já disse que o prazo do inquérito que apura a morte do jornalista, que termina no próximo dia 6, deverá ser prorrogado, caso o DNA constate que os fragmentos mortais não eram dele. Para Teixeira, o crime já está esclarecido porque já se sabe quem o cometeu e há provas materiais.

Desde a morte de Lopes, a polícia recebeu 500 denúncias sobre o paradeiro de Elias Maluco, mas todas as operações de busca ao bandido foram frustradas. Quatro dos oito indiciados no crime estão presos.

Eles contaram à polícia que Lopes foi retirado da Favela da Vila Cruzeiro e levado para o alto da Favela da Grota num carro.

Antes de morrer, com um golpe de espada, ele levou um tiro no joelho e teve as pernas cortadas, segundo os criminosos. O corpo foi colocado num tonel, ao qual foi ateado fogo.

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