Crescem casos de reação à vacina contra febre amarela

Em uma semana, subiu de 31 para 43 o número de pessoas que possivelmente tiveram reação adversa à vacina contra a febre amarela. Como tem afirmado o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o total de casos em que a imunização pode ter sido prejudicial já é maior do que o de confirmações de febre amarela silvestre no País: foram 19 desde dezembro, com 10 mortes, segundo o último boletim.

Por meio da assessoria de imprensa, o ministério informou ontem que não se manifestaria sobre a suspeita de que a vacina tenha matado uma pessoa em Goiás. No último dia 25, o secretario da Saúde do Estado, Cairo de Freitas, informou que um vigia da Universidade Federal de Goiás pode ter morrido em razão do uso indevido da imunização. Portador do vírus da hepatite B, ele estaria com a saúde debilitada pela doença, o que impossibilitaria a vacina, que é feita com o vírus da febre amarela atenuado.

Especialistas apontaram, há duas semanas, o exagero na recomendação inicial do ministério, de que a vacina fosse feita até em áreas urbanas, alertando sobre o risco de problemas. Na última sexta, Temporão reconheceu que sua pasta divulgou informações que poderiam levar à vacinação sem necessidade. Recomendou que, para uma pessoa saber se o local para onde está indo exige imunização, ela deve ligar para o Disque Saúde do ministério (0800-611997). A vacina vale por dez anos.

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