Os alunos de baixa renda aprovados por meio das cotas em universidades federais receberão uma bolsa do governo federal para as despesas do curso de graduação.

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“Aqueles alunos que têm uma renda per capita inferior a 1,5 salário mínimo e vão fazer medicina, que é tempo integral durante seis anos: como é que eles vão terminar a faculdade se não tiverem uma renda? Vamos fazer uma bolsa para esses alunos com mais de 5 horas de jornada e baixa renda”, afirmou o ministro Aloizio Mercadante (Educação) nesta quinta-feira.

Segundo ele, o Ministério da Educação vai entregar a esses alunos um cartão magnético, nos moldes do que já acontece hoje em programas como o Bolsa Família – ele não deu detalhes do valor do benefício.

Lei sancionada em agosto pela presidente Dilma Rousseff prevê a reserva de 50% das vagas nas universidades federais para alunos que fizeram todo o ensino médio na rede pública de ensino. Metade dessas vagas deve ser destinada a alunos com renda familiar de até 1,5 salário mínimo por pessoa – é esse o universo de alunos que poderá ser beneficiada com ajuda de custo do governo, desde que matriculada em cursos de maior jornada de estudos, como medicina.

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Hoje, o MEC já repassa recursos de assistência estudantil para as 59 universidades federais do país. Em 2013, serão R$ 650 milhões para a rubrica.

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O ministro elogiou a iniciativa de USP, Unesp e Unicamp em adotar um programa conjunto para aumento de estudantes de escolas públicas em seus cursos.

“É muito positivo que as universidades estaduais do Brasil acompanhem o esforço das universidades federais e que a gente amplie as cotas”, disse o ministro. Questionado se elas não estavam atrasadas, diante da lei de cotas que já valerá para 2013 para as universidades federais, Mercadante disse: “É melhor que, mesmo que depois [das federais], elas cheguem”.