Corrupção e propinas no transporte coletivo

São Paulo – Quando o paulistano saca R$ 1,70 da carteira para pagar a passagem de um ônibus, ele alimenta uma cadeia de esquemas, propinas e subornos bilionários. A operação desmonte desse sistema viciado ganhou força com a prisão de diretores do Sindicato dos Motoristas, inclusive seu presidente, Edivaldo Santiago, e José Domingos da Silva. As investigações iniciais descobriram uma rede de empresários “laranjas”, a criação de dezenas de empresas para fugir da fiscalização e o pacto entre sindicalistas e patrões para promover greves. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já investigava o setor de ônibus da capital havia um ano e meio. Estima hoje um rombo de R$ 1,758 bilhão dos quatro principais grupos e das empresas independentes. Parte dessa quantia seria apropriação indébita e outra por sonegação fiscal. O esquema descoberto pela procuradora-chefe da Divisão de Grandes Devedores, Sofia Mutchnik, envolve uma eficiente e bem arquitetada assessoria jurídica das viações. São os advogados que criam e recriam novas companhias.

Voltar ao topo