Convescote do PCC termina em megaprisão

São Paulo – Policiais da Delegacia de Roubo a Banco do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado) descobriram na noite de segunda-feira um galpão onde dezenas de pessoas acusadas de pertencer ao PCC (Primeiro Comando da Capital) realizavam uma festa. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que foram presas 160 pessoas, das quais 147 foram levadas para o Deic.

Os policiais do Deic passaram o dia de ontem interrogando e liberando alguns dos homens presos na madrugada. Segundo o Deic, os presos que não tinham passagem pela polícia ou alguma pendência com a Justiça foram sendo liberados. A festa era realizada em uma casa no bairro do Jardim Sapopemba, zona leste de São Paulo. Até o final da tarde, 34 foram liberadas. A festa seria para comemorar a onda de atentados à polícia paulista que vêm ocorrendo nos últimos dias.

Os acusados foram presos e encaminhados ao Deic em um ônibus e em um caminhão-baú da Secretaria da Administração Penitenciária, que fez duas viagens. Segundo a polícia, cerca de cem detidos já respondiam por algum crime. Entre os presos, dois estavam com mandado de prisão e outros seis são adolescentes e possuem passagem pela Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor).

No local os policiais teriam encontrado armas, drogas e menores participando da festa. Os acusados podem ser indiciados por formação de quadrilha, porte de armas, tráfico de drogas, corrupção de menores e resistência a prisão. Suspeita-se que alguns homens presos sejam fugitivos da Penitenciária do Estado, mas, segundo a polícia, isso ainda não foi confirmado. Há algumas semanas a polícia investigava a denúncia de que haveria comemoração.

Enquanto isso, a Polícia de São Paulo está construindo barricadas na frente do 1º Distrito Policial, onde fica o plantão e a prisão do município. Um muro de 1,7 metro de altura será entregue nos próximos dias. Segundo o delegado Osmany Pinheiro Machado Júnior, um portão eletrônico e duas câmeras serão instaladas no DP. A reforma prevê ainda a construção de uma parede, isolando o setor do plantão policial, e a colocação de um vidro à prova de balas para proteger os funcionários que trabalham no atendimento ao público.

Segundo ele, as obras já estavam previstas. Entretanto os últimos ataques atribuídos ao PCC (Primeiro Comando da Capital) no Estado fizeram com que as obras fossem agilizadas.

Voltar ao topo