Consultor de CPMI revela ameaça de morte

Brasília (AE) – O auditor Wagner César Vieira, do Tribunal de Contas da União (TCU), pediu proteção à Polícia Federal em razão de supostas ameaças de morte que estaria recebendo em razão do seu trabalho como consultor da CPMI dos Sanguessugas. Em depoimento de mais de quatro horas prestado quarta-feira, ele disse que recebeu, há 12 dias, proposta de suborno de R$ 1 milhão de um funcionário graduado do Banco Central para abafar investigações da CPMI contra parlamentares envolvidos na compra de ambulâncias superfaturadas. A PF considerou o depoimento confuso, mas abriu inquérito para apurar o caso e determinou um esquema de segurança para o auditor e sua família.

Ouvido pelo delegado David Sérvulo, Wagner não soube explicar porque só agora, com a CPMI praticamente encerrada, resolveu revelar a denúncia aos superiores e pedir proteção à PF. O delegado requisitou para análise o computador no qual ele disse ter arquivado sua participação na CPMI.

Cedido pelo TCU para auxiliar os trabalhos da CPI, Wagner ajudava na formulação de perguntas aos envolvidos na máfia dos sanguessugas e na identificação de contradições nos depoimentos. Sugeria também quebras de sigilos bancário, fiscal e telefônicos e outras diligências. Ele era subordinado ao relator da CPMI, senador Amir Lando (PMDB-RO). 

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