Conselho de Ética rejeita processo contra Bragato em São Paulo

O Conselho de Ética da Assembléia Legislativa de São Paulo rejeitou as duas denúncias, feitas por PT e PSOL, contra o deputado Mauro Bragato (PSDB), suspeito de receber propina de empreiteira envolvida com a máfia da CDHU. Após manobra da base governista, o colegiado decidiu devolver o processo à Mesa Diretora, que deverá requisitar documentos à Procuradoria-Geral de Justiça.

A estratégia visa retardar a abertura de apuração sobre eventual quebra de decoro parlamentar. O Conselho de Ética é formado por 9 deputados, mas somente 1 – o presidente, Hamilton Pereira (PT) – é da oposição. Com maioria, os governistas conseguiram mudar a pauta da reunião de ontem.

Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, Bragato é suspeito de ter recebido, entre 2003 e 2005, pelo menos R$ 104 mil da FT Construções, empresa-mãe de uma organização criminosa denunciada por fraude em licitações e superfaturamento de obras de casas populares na região de Presidente Prudente, reduto eleitoral do deputado. Por ter foro privilegiado, o caso foi remetido à Procuradoria-Geral de Justiça.

Na sexta-feira, ficara decidido que ontem seria nomeada subcomissão para apurar preliminarmente o caso. Esse grupo ficaria responsável por solicitar todos os documentos com indícios contra o tucano à Procuradoria. Agora, isso ficará a cargo da Mesa Diretora.

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