Washington (AE) – Buscando reparar a imagem do Congresso diante do eleitorado, o Senado americano aprovou por 96 votos a 2 uma nova lei de ética, a mais dura desde a era Watergate. A nova lei reduzirá a influência dos lobistas, proibindo a aceitação de presentes, almoços e o uso de jatos de corporações. Ela também busca acabar com o segredo que cerca os esforços dos congressistas para obter fundos para projetos que beneficiam sua base eleitoral.

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O projeto de reforma da lei de ética foi o primeiro apresentado no Senado por sua recém-eleita maioria democrata após uma campanha que evidenciou a corrupção no Congresso. A lei foi aprovada ontem à noite após senadores democratas e republicanos romperem um impasse. O líder da maioria democrata, senador Harry Reid, qualificou a lei de ?a mais significativa reforma das regras éticas que já tivemos na história desse país?.

A maioria democrata na Câmara dos Representantes encerrou sua agenda de ?primeiras 100 horas? legislativas ao aprovar uma lei para acabar com alguns subsídios federais a grandes companhias petrolíferas e redirecionar o dinheiro para investimentos na área de energia renovável. As companhias terão de pagar mais royalties de exploração, avaliados em US$ 14 bilhões em 10 anos.

Os democratas também aprovaram uma lei para ampliar a segurança dos EUA. Um de seus pontos prevê a inspeção de cargas aéreas e marítimas e o aumento do compartilhamento de informações de inteligência entre as agências locais e federais. Foi aprovada uma lei para aumentar o salário mínimo pela primeira vez em uma década. O salário mínimo passará de US$ 5,15 por hora para US$ 7,25, em dois anos.

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Outra lei aprovada exige que o governo negocie diretamente com a indústria farmacêutica para obter remédios mais baratos para pessoas de idade. Os democratas também aprovaram uma lei para ajudar jovens americanos a cobrir os custos da universidade, cortando pela metade os juros dos financiamentos federais para estudantes.