Colômbia critica governo brasileiro

Bogotá

– As autoridades da Colômbia criticaram ontem o governo do Brasil por não declarar as Farc como terroristas, mas o parlamentar da oposição e antigo chefe rebelde, Antonio Navarro Wolf, disse compreender que Brasília “queira reservar-se o direito de facilitar um eventual processo de paz”. “Acreditamos que o governo do Brasil não está caminhando na direção correta na luta contra o terrorismo na Colômbia”, disse o senador Carlos Holguín, líder do Partido Conservador, que apóia o presidente Alvaro Uribe.

O congressista Jimmy Chamorro, membro do comitê das Relações Exteriores do Senado, afirmou que a posição de Brasília “mostra que não há solidariedade com a Colômbia no combate aos terroristas financiados pelo narcotráfico e que podem estender sua ameaça além das fronteiras”. “O Brasil não pode se declarar neutro ante esta afronta da guerrilha contra a sociedade civil colombiana”, disse o senador Jairo Clopatofski, aliado de Uribe. Já Navarro Wolff, ex-chefe da guerrilha nacionalista do Movimento 19 de Abril (M-19), dissolvida, declarou que está certo de que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, condena veementemente os atos violentos cometidos pelas Farc, mas, ao se absterem de qualificar esse grupo como terrorista, está se reservando o direito de facilitar um eventual processo de paz.

Voltar ao topo