O documento Diretrizes para a Formação dos Presbíteros , aprovado ontem na 47ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que termina amanhã em Indaiatuba, enfatiza a dimensão humano-afetiva dos seminaristas, ressalta que o celibato é uma exigência e que homossexuais não devem ser ordenados padres. O texto final será divulgado após autorização do papa Bento XVI.

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O documento dá mais espaço a questões como formação intelectual, prática pastoral e amadurecimento psicológico, comparado às diretrizes de 1994. Ao enumerar os desafios que o presbítero enfrenta, os bispos alertam que a Igreja está vivendo “uma mudança de época que, além de alterar paradigmas estabelecidos, questiona, prescinde ou nega os valores de muitas instituições”. No campo afetivo, “percebem-se mudanças no modo de as pessoas se relacionarem, com a reinvenção dos vínculos amorosos e da transformação da intimidade.”

O documento consagra o modelo de seminários atualmente adotado: um ano de propedêutico (preparatório), dois de Filosofia e quatro de Teologia. Após acompanhamento vocacional, os alunos devem morar em seminários ou casas de formação, sob a orientação de formadores que ensinem a doutrina da Igreja, sem prejuízo do ecumenismo e do diálogo inter-religioso. Na terceira parte, são destacados novos desafios pastorais, como a evangelização de grandes centros urbanos, favelas, grupos de espiritualidades diferentes e os meios de comunicação social.

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