Ciro recusa acordo com adversários

O candidato da Frente Trabalhista a presidente, Ciro Gomes (PPS-PTB-PDT), repeliu hoje, em São Paulo  uma união de compromissos entre os candidatos para garantir a transição sem sobressaltos. De acordo com Ciro, a iniciativa teria como objetivo ?domesticá-lo?.

Ele afirmou que não aceita este pacto, recomendando que a ?domesticação? seja sugerida ao candidato da Coligação Lula Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT-PL-PC do B-PCB-PMN). ?O que posso oferecer é minha experiência pessoal. Duvido que algum administrador público nos últimos tempos tenha o currículo de austeridade fiscal igual ao meu?, afirmou, durante um debate na Associação de Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB).

?O resto é tentativa de domesticação e, comigo, isso não funciona. Vão domesticar ao Lula, que está bem ?entreguesinho? porque a mim não vão domesticar?, complementou, sendo aplaudido pela maior parte das 1.350 pessoas no Clube Monte Líbano.

Segundo Ciro, não há razão para o Brasil fechar um acordo com o objetivo de manter a política econômica e não ter acontecimentos inesperados na passagem de governo. ?México teve uma transição historicamente revolucionária quando Vicente Fox foi eleito e encerrou um período de 75 anos do governo anterior. Não aconteceu nada; nenhum sobressalto e nem ataque especulativo ao câmbio. Chile fez a transição que colocou um socialista no governo, Ricardo Lagos, e não teve nenhum ataque especulativo.

A Argentina fez uma sucessão de amplo entendimento de todas as forças de oposição, reteve de forma mais vassala a tudo aquilo que o tal mercado lhes devia e, seis meses depois, o governo saiu pela porta dos fundos do palácio e a Argentina está numa situação de ingovernabilidade?, argumentou.

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