Ciro pede imparcialidade aos EUA

Brasília

(AE) – O candidato da Frente Trabalhista a presidente, Ciro Gomes (PPS-PDT-PTB), pediu ontem à embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Donna Hrinak, em Brasília, que o país assuma uma postura “isenta e distante” em relação às eleições presidenciais brasileiras. Além de ouvir as propostas de Ciro Gomes, ela questionou-o a respeito das reais chances de a oposição assumir o poder no Brasil. O candidato da Frente Trabalhista a presidente respondeu afirmativamente, com o argumento de que nenhum candidato propõe “aventuras”. “Há uma sadia convergência de centro-esquerda”, garantiu.

A posição foi manifestada por ele quando Donna quis saber qual deveria ser a melhor posição dos EUA em relação ao pleito no Brasil. “Não quero ser indelicado, mas gostaria que fosse de isenção e distância.” Antes de reunir-se com Ciro Gomes, ela havia conversado com os candidatos a presidente José Serra (PSDB-PMDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT-PL) para conhecer as idéias deles. No encontro com o candidato da Frente Trabalhista, Donna fez poucas intervenções, mantendo-se mais na condição de ouvinte, mas quis conhecer detalhes das propostas dele para a economia e opiniões sobre a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), situação da economia argentina, direitos humanos, segurança pública e narcotráfico.

Mesmo crítico ferrenho da gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso, Ciro Gomes mostrou, na maioria das vezes, convergência em relação à política internacional do governo brasileiro. E defendeu também o socorro financeiro do FMI e do governo americano à Argentina.

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