Pelo menos cinco pessoas já foram presas na manhã de hoje durante a Operação Atenéia, da Polícia Federal (PF), acusadas de envolvimento com o tráfico de mulheres e meninas para prostituição. A investigação aponta que a quadrilha aliciava mulheres e meninas nos Estados de Tocantins, Pará, Maranhão, Ceará, Bahia e São Paulo e as levava para bordéis em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Segundo estimativa da corporação, desde o início do ano passado mais de 80 garotas foram exploradas.

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Os mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Criminal de Araguaína, no Tocantins, e foram cumpridos nas cidades mineiras de Frutal e Uberlândia, em Aparecida do Taboado e Paranaíba, no Mato Grosso do Sul, e na cidade tocantinense, distante 376 quilômetros ao norte de Palmas. Segundo a PF, a principal articuladora do grupo é a dona das casas de prostituição e seu filho é o encarregado de falsificar os documentos e auxiliar a mãe na administração dos bordéis e de suas “gerentes”.

A quadrilha aliciava adolescentes em portas de escolas, praças, lanchonetes e mulheres em bares e boates. As vítimas dos aliciadores têm em comum o fato de serem muito pobres, morarem em locais miseráveis, sem perspectivas de ascensão social ou profissional. Para algumas mulheres eram oferecidos empregos e para outras, a prostituição era proposta abertamente.

Para as menores, geralmente enganadas, falsificavam documentos com o objetivo de despistar as autoridades durante a viagem e não levantar suspeitas dos frequentadores nos bordéis. As propostas sempre envolviam ganho fácil e, como atrativo, já davam passagens, alimentação e dinheiro até Minas ou Mato Grosso do Sul. Os aliciadores ganhavam um porcentual por cada garota que conseguiam para o bando.

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Dívidas

Nos locais de “trabalho”, a quadrilha fazia dívidas de alto valor em nome das garotas e mantinham vigilância sobre elas e proporcionavam agressões morais e até mesmo físicas para mantê-las no local. A PF suspeita que a organização possa estar envolvida no assassinato de um de seus integrantes.

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Ele deu informações sobre o paradeiro de uma das vítimas aliciadas para a mãe dela. Além disso, forneceu informações para agentes da PF sobre a maneira de atuação da quadrilha e sobre o esquema de falsificação de documentos. Depois disso o cadáver do delator foi encontrado às margens do Lago Azul, em Araguaína, alvejado por tiros.