A Secretaria Municipal da Saúde confirmou o segundo caso importado de sarampo na capital. O paciente foi infectado pelo vírus no transatlântico MCS Seaview, que teve casos confirmados da doença em fevereiro deste ano, desencadeando uma ação que imunizou 9 mil passageiros em Santos, no litoral sul de São Paulo. O último registro de sarampo na cidade de São Paulo foi em 2015.

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Segundo Rosa Maria Dias Nakazaki, diretora da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), órgão da secretaria, ações de bloqueio, com a vacinação de pessoas do entorno da residência e de locais frequentados pelo paciente são feitas antes da confirmação do caso.

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“Quando sai a confirmação, já foram feitas as medidas de controle com o bloqueio vacinal no percurso feito pela pessoa. Isso é feito cada vez que tem alguém com sintomas como febre e exantema (manchas avermelhadas na pele). Fazemos o exame clínico e laboratorial.”

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De acordo com a secretaria, até o dia 23 de março, foram realizadas 35 ações de bloqueio contra o sarampo na capital.

O primeiro caso registrado foi importado da Noruega e não foram notificados casos autóctones na cidade. O objetivo é evitar que isso ocorra, tendo em vista que o sarampo é uma doença extremamente contagiosa e que pode matar. O maior risco é para as crianças menores de 1 ano, que ainda não tomaram a vacina – a primeira dose é aos 12 meses e a segunda é dada aos 15 meses.

“Temos uma doença que tem vacina. É importante que os pais vacinem os filhos e que os adultos estejam vacinados também.”

A tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, é fornecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Até os 29 anos, a recomendação é tomar duas doses da vacina. Dos 30 aos 49 anos, é aplicada apenas uma dose do imunizante.

Segundo a diretora, a cobertura vacinal da primeira dose contra sarampo está em 97% na capital. No ano passado, era 95,6%. O dado relacionado à segunda dose não foi informado.