Chuva em Angra dos Reis deixa mais de 40 mortos

Rio

– As fortes chuvas que caíram na madrugada e manhã de ontem em Angra dos Reis, litoral sul do Rio de Janeiro, mataram mais de 40 pessoas e deixaram outras 1,5 mil desabrigadas, que foram removidas para oito abrigos. Cinco vítimas fatais são crianças. Buscas estão sendo feitas para tentar localizar possíveis vítimas soterradas. Outras 50 pessoas estariam desaparecidas.

O prefeito Fernando Jordão (PSB) decretou estado de calamidade pública no município. A área mais atingida foi a região do bairro Grande Japuíba. A Prefeitura também pediu doações de sangue. Para atender os pacientes que necessitam de transfusões serão necessários pelo menos quarenta doadores. As principais vias de acesso, como a estrada Rio-Santos, foram bloqueadas por deslizamentos de terras.

A Prefeitura solicitou ajuda ao governo estadual para os trabalhos de resgate, já que há suspeita de que moradores estejam soterrados. A governadora Benedita da Silva afirmou que tornou disponíveis os órgãos do Estado para ajudar a Prefeitura de Angra dos Reis. A governadora disse ainda que gostaria de ir à cidade, mas não conseguiu porque não há condições de vôo e as estradas estavam fechadas. Benedita, que está em contato permanente pelo telefone com o prefeito Fernando Jordão, disse que não foi feito pedido de ajuda financeira para o município. “Ele pediu que mandássemos bombeiros qualificados para auxiliar nas escavações, porque sempre há a esperança de encontrar sobreviventes”, informou.

Usinas

No começo da tarde, o prefeito sobrevoou o bairro de Perequê, um dos mais atingidos, onde cerca de trezentos moradores estão desabrigados. Jordão chegou a pedir o fechamento das duas usinas nucleares em função da queda de barreiras que fecharam a Rio-Santos. As funções das usinas não foram interrompidas, e nenhum problema foi registrado.

Parte do plano de emergência de Angra dos Reis, montado para casos de acidentes nas usinas nucleares, foi acionado, inclusive com a participação dos alunos do Colégio Naval que estão atendendo as vítimas. O movimento no hospital da cidade é grande e o número de médicos não é suficiente para atender a população.

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