Após a estiagem de 60 dias no Mato Grosso do Sul, choveu forte hoje em Campo Grande e Ponta Porã, deixando 8,4 mil clientes atendidos pela Enersul sem energia.

continua após a publicidade

Os ventos fortes derrubaram seis torres de transmissão de energia elétrica no Estado. Além da força do vento, as descargas elétricas foram intensas ao longo do dia, causando a morte de uma pessoa em Ponta Porã, que é o quarto município com maior incidência de raios no Estado, de acordo com o Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Hoje, dos 7.231 raios que caíram no Estado até às 18h30, 354 atingiram Ponta Porã, um deles causou a morte de um índio de 45 anos na Aldeia Lima Campo, a 60 km da cidade. Ontem, em todo o Mato Grosso do Sul, foram registrados 482 raios e, anteontem, 4.026.

Pelo site no Elat, atualizado constantemente com dados do satélite americano LIS, o Estado todo estava pontilhado por indicações de descargas elétricas, com menor ocorrência nos Estados de São Paulo, Goiás e Minas Gerais.

continua após a publicidade

O número total de ocorrências será divulgado apenas amanhã. A última morte causada por um raio em Ponta Porã foi em 2007, quando uma mulher de 30 anos foi atingida.

Outras duas mortes ocorreram em 2005: um homem de 27 anos e outro de 54 anos. Campo Grande lidera o ranking com oito mortes nos últimos dez anos. De acordo com o Elat, em dez anos, a probabilidade de morrer atingido por um raio no MS é de 4,3 por milhão por ano.

continua após a publicidade

A incidência de raios no Estado na década é de 4,24 milhões por ano. No Brasil, é de 56,9 milhões por ano. Em média, 89 pessoas morreram atingidas por raio no Estado, enquanto no Brasil a média foi de 130 mortos.

A incidência de raios por metro quadrado coloca o Estado em terceiro lugar no País: são 11,88 raios por quilômetro quadrado por ano, abaixo de Santa Catarina (12,33) e Rio Grande do Sul (18,88).