Chinaglia defende direito de defesa de senadores

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) disse que as denúncias contra os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Joaquim Roriz (PMDB-DF) "não podem significar sentença definitiva" e defendeu o direito de defesa dos parlamentares e que "a investigação seja feita de forma isenta". Questionado se o Congresso Nacional está sangrando, Chinaglia respondeu que os parlamentares fazem um esforço para o funcionamento normal do Poder Legislativo "ainda que com essas notícias, que não são agradáveis". "As notícias boas e ruins não podem significar sentença definitiva. Quando tem figuras, agora do Senado, questionadas, claro que não é boa notícia. Mas a estrutura democrática permite que todos tenham direito de defesa e que a investigação seja feita de forma isenta", afirmou o presidente da Câmara.

Já o presidente do Democratas, Rodrigo Maia (RJ) defendeu há pouco que o senador Renan Calheiros deixe a presidência do Senado, por um prazo de cerca de 15 dias, para se dedicar à defesa das acusações de que teve despesas pessoais pagas pelo lobista da construtora Mendes Júnior, Claudio Gontijo. Maia lembrou que o Congresso Nacional precisa votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o que acontece em sessão conjunta da Câmara e do Senado. Essas sessões são presididas pelo presidente do Congresso, que também é o presidente do Senado, Renan Calheiros. "Se for convocada uma sessão do Congresso, o clima será o pior possível. Um constrangimento", disse Maia. "O melhor caminho é que o senador Renan se afaste, até por 15 dias, para fazer sua defesa. Mas essa é uma decisão pessoal dele".

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