Mais três pessoas foram presas entre na operação que a Polícia Militar faz na favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. Com isso, sobe para 36 o total de detidos desde a ocupação do local, no início da semana passada.

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Apesar das prisões, a polícia não informou quais crimes teriam sido praticados pelos suspeitos. Também foram apreendidos seis adolescentes e 11 pessoas procuradas foram recapturadas.

A operação também já levou a apreensão de 16 armas, 351 munições, 37,8 kg de cocaína, 339 kg de maconha, 0,2 kg de crack, além de 50 unidades de drogas sintéticas.

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Mais de 500 policiais do Batalhão de Choque e do 16º Batalhão de Policia Militar participam da operação, que conta ainda com o auxílio de cem carros, dois caminhões, 28 motocicletas da Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas), oito cães e 60 cavalos, além do helicóptero Águia da PM.

Segundo o secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, a ordem que resultou na morte de seis policiais militares em São Paulo foi dada por Francisco Antonio Cesário da Silva, 32, o “Piauí”, que chefia a facção criminosa PCC e é da favela de Paraisópolis. Ele foi preso em Santa Catarina em agosto.
Neste ano, 92 PMs foram mortos em SP, mas o governo não admite ligação entre esses crimes.

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A PM encontrou no local uma lista com nomes de alvos da facção criminosa PCC e uma carta datada de agosto, intitulada “Salve Geral”, expressão usada para alertar os integrantes da facção sobre alguma orientação. Nela, o autor orienta a “irmandade” a matar dois policiais para cada “irmão” morto.

Cerca de 80 mil pessoas moram na favela de Paraisópolis. A área foi mapeada de acordo com os pontos de maior incidência criminal. O objetivo da operação é reduzir os furtos e os roubos na região, desmobilizar pontos de tráfico de drogas e aumentar a sensação de segurança da população.