Chefe de facção que ordenou morte de PMs é transferido para RO

Acusado de ser o mandante de seis mortes de policiais militares neste ano, o detento Francisco Antonio Cesário da Silva, conhecido como Piauí, foi retirado por volta das 14h de ontem da penitenciária 1 de Avaré (a 267 km de São Paulo).

Uma equipe de policiais da Rota (a tropa de elite da PM) o levou para um aeroporto de onde será encaminhado para a penitenciária federal de Porto Velho (RO).

Silva é considerado o chefe da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) na favela Paraisópolis. As informações foram dadas à reportagem por policiais e por funcionários do sistema prisional.

A transferência de Silva para Porto Velho foi acordada na última anteontem pelos governos estadual e federal como uma das medidas adotadas para tentar reduzir a criminalidade em São Paulo.

Tranferências

Ontem, o governo de São Paulo transferiu dois integrantes do PCC para um presídio de segurança máxima.

A remoção ocorreu após investigação da Polícia Federal descobrir que eles comandavam ações criminosas de dentro da prisão onde estavam.

Entre os presos está um dos principais bandidos da facção, Abel Pacheco de Andrade, o Vida Loka. O outro é Alexandre Campos dos Santos, o Jiló, acusado de ser um dos tesoureiros do PCC.

Santos era companheiro de cela de outro cabeça do PCC, Roberto Soriano, o Betinho Tiriça, que só não foi transferido porque já está no presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes.

Soriano foi transferido em maio deste ano porque, segundo a Promotoria e a polícia, foi flagrado enviando um bilhete com o nome de seis policiais militares da Rota que deveriam ser mortos.

Segundo membros da Promotoria e da Justiça, a investigação da PF, realizada no começo deste ano, tinha como alvo o tráfico de drogas, mas acabou chegando ao PCC por meio de interceptações telefônicas. Não foi informado se Vida Loka e Jiló foram flagrados nessas conversas telefônicas.