Voo 447

Cerimônia no Rio ocorre sob crítica de famílias

Um ato ecumênico promovido pela Air France em homenagem às vítimas do voo 447 foi realizado hoje de manhã no mirante do Leblon, no Rio de Janeiro. No entanto, parentes de vítimas brasileiras e alemãs reclamaram que vêm recebendo tratamento diferenciado dos parentes franceses. A rua de acesso ao mirante foi fechada à imprensa e à população. Cerca de dez seguranças permitiam apenas a passagem de moradores e de quem tinha nome na lista de convidados.

“Pelo menos 15 famílias brasileiras de outros Estados tentaram confirmar lugar na cerimônia, mas foram informados (pela companhia aérea) que não tinha mais lugar”, disse o presidente da Associação de vítimas do voo 447, Nelson Marinho. Segundo ele, alguns parentes brasileiros ainda não receberam a primeira parcela da indenização, de 17,4 mil euros. Elas também não receberam os atestados de morte presumida e nem recuperaram as bagagens já identificadas. Porém, Marinho disse que os franceses já conseguiram.

O ministro da Cooperação e Francofonia da França, Alain Joyandet, que representou o governo francês, afirmou que a cerimônia aconteceu sob forte emoção e que a França irá começar uma nova investigação sobre o acidente. Ele recebeu um manifesto distribuído pela associação de vítimas brasileiras, que reclama de tratamento desigual. “Vamos ajudar cada família nesse período de luto. Queremos a verdade. Vamos investigar se isso está acontecendo”, disse.

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