Copa chegando

Centro de controle da Copa do Rio inicia suas operações

O Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) do Rio, que começou a operar nesta sexta-feira, 23, terá acesso a mais de 1.500 câmeras durante a Copa. O Maracanã recebeu 30 equipamentos para monitorar torcedores e contará com uma plataforma de observação elevada em dias de jogo. Ontem, funcionários instalavam grades de ferro ao redor do estádio.

Pelo menos 200 policiais estrangeiros vão atuar em conjunto com as polícias das cidades-sede da Copa para monitorar torcedores considerados violentos. Os agentes poderão usar suas fardas, mas não terão poder de polícia no País. A princípio ficarão lotados no Centro de Cooperação Internacional, em Brasília, sob coordenação da Polícia Federal. Mas devem acompanhar as seleções de seus países e, eventualmente, grupos de torcedores estrangeiros.

No Rio, a Polícia Civil destacou apenas 156 policiais que falam inglês para o atendimento a torcedores nas delegacias. Em dias de jogo, o Maracanã terá 2.190 PMs em seu entorno e 360 dentro do estádio. Na terça-feira, o governo do Rio anunciou que forças de segurança vão mobilizar até 20 mil pessoas para atuar nas ruas durante a Copa.

“Será a maior operação de segurança da história do Rio”, disse na ocasião o subsecretário estadual de Grandes Eventos, Roberto Alzir. Em quase duas horas de apresentação feita por representantes dos governos federal, estadual e municipal, não houve comentários sobre a greve de policiais civis no Rio, os protestos previstos para junho e o aumento da criminalidade registrado no Estado este ano.

Depois, quando perguntado sobre a repressão às manifestações de rua, Alzir disse acreditar que “o cenário será menos antagônico”, referindo-se aos confrontos ocorridos durante a Copa das Confederações, em 2013. “A análise é que o clima será mais ameno, mas planos de contingência serão acionados em caso de acirramento”, disse o delegado federal Anderson Bichara, coordenador do CICC. “A Copa das Confederações foi um excelente teste e as polícias conduziram a situação com muita habilidade, mas precisamos de ajustes”, completou Bichara, sem mencionar casos de violência policial ocorridos durante a competição.

Exército, Marinha e Aeronáutica vão mobilizar 5,3 mil homens para atuar no Rio como força de contingência, que será empregada caso haja pedido do governo do Estado e autorização da presidente Dilma Rousseff. O espaço aéreo será fechado num raio de quatro milhas náuticas ao redor do Maracanã três horas antes e até quatro horas depois da final. A PM anunciou que colocará 8.132 homens por dia nas ruas durante a Copa.