Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, inicia hoje uma visita de dez dias a seis paises africanos – Moçambique, Zimbábue, São Tomé e Príncipe, Angola, África do Sul e Namíbia. A meta é desenvolver contatos e identificar novas oportunidades de cooperação e diálogo para uma aproximação mais estreita do Brasil com a África.

A viagem do chanceler será precursora da visita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá fazer à África no segundo semestre deste ano para consolidar laços mais fortes e produtivos, tanto com países de língua portuguesa, quanto por outros de especial interesse para o Brasil. Com cada um desses países, Celso Amorim terá uma agenda de encontros com governos locais, com os quais discutirá a implementação de acordos de cooperação nas áreas econômica, sanitária e educacional, entre outras.

Em Moçambique, onde o ministro estará hoje, será discutida a implementação de acordos de cooperação na área agrícola que foram firmados recentemente, assim como a participação de empresas brasileiras no mercado moçambicano. A Vale do Rio Doce é uma das firmas brasileiras que tem especial interesse na exploração do carvão de Moatize, uma das grandes minas do país.

No Zimbábue, o chanceler discutirá amanhã as possibilidades de cooperação em matéria de aids. No dia 4, Celso Amorim estará em São Tomé e Príncipe, arquipélago que receberá pela primeira vez a visita de um chanceler brasileiro. Neste país, serão exploradas as possibilidades de ampliação da cooperação bilateral, principalmente nas áreas técnica e empresarial. De acordo com o Itamaraty, São Tomé e Príncipe apresenta boas perspectivas de parceria no campo da exploração de petróleo, farto em suas águas territoriais.

Contatos

O ministro estará em Angola nos dias 5 e 6 e manterá contatos com autoridades do governo e ainda buscará oportunidades de negócios para empresas brasileiras interessadas na reconstrução do país. Na África do Sul, nos dias 7 e 8, o ministro estará acompanhado de 20 líderes empresariais brasileiros da área da construção cívil, de frigoríficos, da indústria moveleira e de aeronaves.

Em Johannesburgo, o chanceler participará da segunda reunião da Comissão Mista – Brasil-África do Sul, quando será discutida uma agenda de trabalho para os próximos anos. Segundo o Itamaraty, a tendência é de que o comércio bilateral entre os dois países – que gira atualmente em torno de US$ 700 milhões – ultrapasse US$ 1 bilhão nos próximos dois anos.

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