Celso Amorim acredita que crise aérea não espanta investimento externo

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, declarou nesta terça-feira (24) que não acredita na diminuição do interesse de companhias áreas estrangeiras em investir no Brasil por causa da crise que afeta o setor. Membro do Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac), o chanceler afirmou, em entrevista no Palácio do Itamaraty, que aeroportos do Rio de Janeiro e dos Estados do Nordeste podem vir a ser alternativas para a redução dos vôos em Congonhas, em São Paulo, e para o aumento do fluxo em Guarulhos (SP).

Para Amorim, as críticas da imprensa estrangeira sobre a gestão da crise aérea no Brasil refletem o que é dito pelos jornais brasileiros e são "naturais" em um ambiente de liberdade de imprensa. Para ele, relevante é o fato de que "estão sendo tomadas as medidas para melhorar a situação". "As mudanças podem exigir um período de adaptação, mas não acredito que venham a afetar os investimentos no Brasil", afirmou. "O Brasil é um grande destino de turismo e de negócios. Quando querem e têm que ir para um lugar, as pessoas vão. As companhias vão ganhar muito dinheiro fazendo vôos para o Brasil", completou.

Segundo Amorim, a crise não afetará o projeto do governo de ampliar a rede de conexões aéreas do Brasil com seus vizinhos da América do Sul e países da África. Antes da crise, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia conversado com os presidentes da TAM, da Gol e da BRA sobre a operação de uma linha comercial entre o Brasil e a Nigéria. O chanceler lembrou que, na última reunião do Conac, na sexta-feira, quando o governo reduziu o fluxo de pousos e decolagens em Congonhas, também foi aprovada uma resolução cujo objetivo seria facilitar a criação de novas linhas para a América do Sul e a África.

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