Caso Pedrinho: presa “mãe” seqüestradora

Goiânia

– A dona-de-casa Vilma Martins, acusada de seqüestrar e registrar como filhos legítimos duas crianças, foi presa ontem pela manhã, depois de passar 14 dias foragida. A polícia a encontrou escondida debaixo de um sofá na casa da filha de uma amiga, no bairro American Park, em Aparecida de Goiânia. Com pressão alta, Vilma chegou à delegacia, às 10h, carregada por agentes. Ela teve que ser levada ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde deve ficar internada na UTI até hoje. A polícia prendeu também Ana Machado Borges, a amiga de Vilma que a ajudou a trocar de esconderijos e fugir da polícia.

A dona de casa foi para a UTI por “medida de segurança”, informou o diretor do hospital, Luciano Sardinha. “O destino dela é uma cela comum na Casa de Prisão Provisória de Goiânia”, disse o delegado Antonio Gonçalves, responsável pela investigação dos seqüestros de Osvaldo Borges Junior – o Pedrinho – e Roberta Jamilly Martins, Aparecida Fernanda Ribeiro da Silva.

Segundo o delegado, Vilma será transferida para o presídio tão logo receba alta hospitalar. O diretor do Hospital Luciano Sardinha, informou que Vilma deve receber alta na manhã de hoje. Apesar de a pressão de Vilma ter se normalizado, o médico disse que ela foi sedada e decidiu isolá-la na UTI para evitar tumulto no hospital.

Habeas corpus

As filhas de Vilma, Christianne Michelle e Roberta Jamilly foram à delegacia assim que souberam da prisão. Bastante abatidas, evitaram falar à imprensa e passaram o dia na porta do Hospital de Urgências. No fim da tarde, Osvaldo Borges Junior, o Pedrinho, chegou a Goiânia vindo de Brasília, onde passou o fim de semana com seus pais biológicos. Ele também não quis dar declarações.

O delegado de Vilma, Max Lânio Leão, disse que a defesa trabalha pela concessão de dois habeas corpus em favor da ex-empresária e que não há pressupostos jurídicos para os mandados de prisão preventiva. “Ela não oferece perigo à sociedade, não coage testemunhas, tem endereço fixo e é ré primária, portanto,a prisão é ilegal”, sustentou. O advogado disse que estava negociando a apresentação de sua cliente, “mas a polícia foi mais rápida”.

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