Caso Isabella: Promotor e advogado ganham homenagem

Após protagonizarem um duro embate entre acusação e defesa no julgamento do Caso Isabella Nardoni, o promotor de Justiça Francisco Cembranelli e o advogado do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, Roberto Podval, dividirão bancada na próxima segunda-feira.

Formados em Direito pela mesma universidade paulista, a FMU, os dois serão homenageadas pela diretoria da instituição. O promotor concluiu a graduação em 1984, ano em que Podval entrou na faculdade. O advogado formou-se em 1988.

Cembranelli receberá uma placa de “promotor do ano”. Podval, de “advogado do ano”. Os dois terão espaço para breves discursos. Ambos confirmaram presença ao presidente da universidade, Edevaldo Alves da Silva. A homenagem será às 10h, na Casa do Direito da FMU, na Liberdade, região central da capital paulista.

O casal foi condenado pela morte da filha de Alexandre, Isabella. O júri popular levou cinco dias e terminou na madrugada de 27 de março. Os dois cumprem pena em Tremembé, no interior do Estado. Ele foi condenado a 31 anos, 1 mês e 10 dias de prisão. Ela, a 26 anos e 8 meses. Isabella tinha 5 anos na época do crime. Ela foi esganada e jogada da janela do apartamento do casal, na zona norte da capital.

Recurso

Após a negativa do juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Santana, Maurício Fossen, para um novo julgamento ao casal, Podval confirmou nesta manhã que vai entrar com recurso por um novo júri no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

O advogado informou que vai recorrer da decisão de ontem do magistrado assim que for informado oficialmente do despacho. Fossen, no entanto, aceitou o recurso de apelação da defesa para recorrer a instâncias superiores.

O pedido de anulação do júri foi feito com base na legislação anterior a agosto de 2008. A lei 11.689/2008 não permite mais ao condenado a 20 anos ou mais de prisão fazer um novo pedido de julgamento, mas a defesa argumenta que o crime é anterior à nova lei.